domingo, outubro 13, 2024

Sementes

Tal como a semente com cerca de mil anos descoberta numa caverna do deserto da Judeia e que agora é uma bela arvorezinha, depois de uns tempos "adormecida", voltei à Educação e ao estudo da mesma, desta feita em terras alentejanas. 



Feito o balanço das últimas semanas, há novas cores e tonalidades a brotar e muitas ideias a germinar! Nelas se inclui este Jardim das Cores na sua função primeira, a de ser um diário de bordo da minha vida na Educação.

sexta-feira, agosto 25, 2023

Hortas? Pois, claro!



Tudo começou há uns (muitos) anos atrás com as hortas nos jardins de infância por onde passei, semeando e plantando em vasos ou construindo canteiros e hortas no espaço exterior das escolas, envolvendo miúdos e graúdos (colegas, famílias, juntas de freguesia...).

Por onde vivi, tive uma horta de varanda junto à praia, uma horta de alpendre na montanha e, mais recentemente, uma horta de quintal junto ao rio. Sempre em "contentores" pois ainda não houve a possibilidade de cá em casa ser de outra forma.

Muito se pode fazer com pouco espaço e muita dedicação! E é tão bom poder "ir ali" buscar os coentros para o caril de grão, os tomates cereja para a salada e a hortelã para uma água vitaminada bem fresquinha! 

É tão bom, ao início da manhã ou ao final da tarde, regar, acompanhar o crescimento e colher os frutos para saboreá-los sabendo que não têm quimicos, que estou a diminuir a minha pegada ecológica e que estou a cuidar da minha saúde física e mental.

"Eu como saudável, tu comes saudável" (como diz o meu aluno de português Frank aqui).


quinta-feira, agosto 24, 2023

De volta ao Jardim!


Este jardim e esta jardineira têm uma história longa, colorida e muito susceptível às intempéries próprias das estações do ano (e da vida).

Muito produtivo nuns momentos e noutros em prolongado estado de pousio ou de regeneração, este jardim já existe desde 2006 e por cá continuará.

Esperamos que as águas do Guadiana contribuam para o reluzir e resplandecer das suas Cores. Por agora, só queremos dizer "Olá! Estamos cá."

Pode conhecer ou relembrar um pouco da história deste Jardim das Cores aqui e ali.



sábado, agosto 03, 2019

Atrás dos Montes... 1 ano depois.


Chegámos há um ano. Respiramos este ar e percorremos estas pedras há 12 meses.
Viemos carregados de sonhos e uma carrinha com as nossas coisas.
Trouxemos os dois gatos, Ella e Zorba, companheiros de aventuras e viagens.

Aqui encontrámos gente. Simpática. Sorridente. Prudente. E outros que nada disso são.
Tudo é mais lento. Tudo funciona de forma diferente. Se isso é bom? Se isso é mau? É o que é!

Aqui deixámos-nos conquistar pela floresta, pelos ribeiros, pelos montes. Tranquilos. Rebeldes. Enérgicos.


Ao longo deste tempo, outros sonhos têm surgindo desalmadamente... sobrepõem-se, correm velozes pelos montes fora e repousam nas copas das árvores sob o céu estrelado que aqui parece estar mais próximo de nós.

Muitas histórias para contar e recordar. Sorrir, "rosnar" e até chorar.

Mais amigos se juntaram à nossa aventura... o Gorki e a Shiva... e a gata do alpendre, a Conan, que nos faz companhia não se privando da costumeira vida rural.

Um ano atrás dos montes...
As obras a acabar, os projetos a tomar forma.



Um ano atrás dos montes...
E tanto ainda por fazer, por dizer, por realizar, por sonhar.

Um ano atrás dos montes...
Nesta completa volta em torno do sol, os sonhos reafirmam-se mas modelam-se aos montes que nos circundam.


O primeiro ano atrás dos montes.
Ainda agora começou a aventura... e que aventura!
Isso vos asseguro eu.


Abrandar, relaxar, respirar... na Floresta!

O relógio e o Yoga

"Nos primórdios dos tempos, a prática pessoal de yoga não era controlada pelos ponteiros do relógio e realizava-se junto à natureza, no bosque, num ambiente banhado de ar puro e com abundância de prana (força vital, energia).
O ritmo de vida citadina muitas vezes não se coaduna com a prática de yoga na natureza. Na verdade, os ponteiros do relógio até parecem ter um ritmo próprio e, não raras vezes, desgovernadamente rápidos."

Voltar à Natureza

"Pode ser uma mata, um bosque ou uma floresta.
Tire o relógiodesligue o telemóvel e caminhe como se o fizesse pela primeira vez. Observe o que o rodeia, desde a mais pequena flor ao pássaro que voa lá no céu. Permita-se simplesmente estar. E, se assim o desejar, faça alguns exercícios de pranayama e/ou asana."

O artigo O Tempo perguntou ao Tempo... pode ser lido na íntegra na Magazine do Yoga Life.

segunda-feira, julho 22, 2019

Das ausências e dos regressos



Passaram os meses, mudaram-se as folhas e colhem-se alguns frutos.
A natureza segue o seu curso, entre o que à terra regressa e o que dela renasce.
Entretanto, no fio da navalha se equilibram desejos, aventuras e realidades.
Mas é uma navalha bonita! - dizem alguns.
Afiadinha! - pensam outros.
Sempre gostei de navalhas! - Murmura-se.

Ausência prolongada...... regresso auspicioso.




sexta-feira, março 08, 2019

A Heidi, o Pedro, o Capuchinho Vermelho e o Lobo que não era mau


A neve no pico da montanha.
O caminho entre os pinheiros escandinavos.
As folhas de castanheiro estaladiças.

As manifestações que não se vêem.
As mulheres em revista.
As flores na estrada.

O entulho que se despeja.
O plástico que se rejeita.
As conversas que se (des)articulam.



quinta-feira, fevereiro 28, 2019

Vida(s) atrás dos montes


Os meses correm a fio. Na aldeia já há borboletas e o fumo continua a sair das chaminés. É o aquecimento global, dizem uns. É a vida, dizem outros.

O ciclo da vida está patente nas cores, sons e formas que me rodeiam. Um vaivém, um circulando, um breve suspirar. Tanto a acontecer e, no entanto, tudo aparenta estar parado.

As árvores! Como são belas. Tento fazer um desafio a mim mesma: fotografá-las e partilhar a sua beleza. Tenho dificuldade. Fico a observá-las, a abraçá-las, por vezes até registo a sua beleza na "polaroide"... mas guardo-a para mim. Não é justo, tamanha beleza diária deve poder ser admirada por quem vive longe dela. Prometo a mim mesma que vou tentar fazer diferente.

Na cidade aqui perto, parece haver um frenesim saudável dos alunos que pretendem alcançar os seus sonhos. À noite, o seu frenesim ecoa pelas ruas e entra no sono de alguém. Aqui, na aldeia, oiço o ladrar dos cães e o Gorki tenta fazer coro com eles. Gosto da minha aldeia.

Logo vou à cidade. Vou praticar yoga com a minha aluna. É uma excelente companheira e é um privilégio vê-la evoluir e a gostar do Yoga Integral. Por aqui, Yoga ainda é muitas vezes pensado como: "Ahummmm" de olhos fechados, mãos nos joelhos e com receio de dormir. Aqui estamos a viver e a respirar Yoga Integral... e há-de chegar à cidade, de-va-ga-ri-nho e para todas as idades.

Para já, vou fazer o almoço. Vegetariano. 





Sementes

Tal como a semente com cerca de mil anos descoberta numa caverna do deserto da Judeia e que agora é uma bela arvorezinha, depois de uns temp...