Se para uns a violência nas escolas e nos jardins-de-infância parece uma realidade algo distante ou até mesmo difícil de imaginar ou aceitar, para outros torna-se uma verdade vivida com proximidade e preocupação diária. Ao contrário do que se possa pensar, ou dizer, a violência nas escolas, e até mesmo nos jardins-de-infância (sim, existe!), é uma preocupação de professores e educadores. Vivida por dentro, em contexto, e sofrida nas expectativas, tomadas de decisão, reflexão de processos, resultados e origens, a violência em contexto educativo é para os professores muito mais do que fechar os olhos para não ver.
Choca saber ou assistir a crianças que magoam os colegas sem motivo aparente, desgasta a dificuldade diária de tentar fazer compreender que a violência gratuita não é a forma correcta de se estar na vida, magoa ouvir constantemente que os professores não querem ver, não querem sentir, não querem trabalhar…
Dói saber que o professor também é vítima de violência (física ou verbal) na escola, na comunicação social… dói ainda mais quando somos professores em contextos destes e que, apesar dos momentos difíceis, voltamos todos os dias com o desejo e a determinação de querer continuar a ver e a agir para que não haja violência.
Choca saber ou assistir a crianças que magoam os colegas sem motivo aparente, desgasta a dificuldade diária de tentar fazer compreender que a violência gratuita não é a forma correcta de se estar na vida, magoa ouvir constantemente que os professores não querem ver, não querem sentir, não querem trabalhar…
Dói saber que o professor também é vítima de violência (física ou verbal) na escola, na comunicação social… dói ainda mais quando somos professores em contextos destes e que, apesar dos momentos difíceis, voltamos todos os dias com o desejo e a determinação de querer continuar a ver e a agir para que não haja violência.
É preciso apoio para travar a violência nos contextos educativos (e não só!), é preciso que se queira ser apoiado e é preciso que exista efectivamente quem queira apoiar!
E posto o desabafo voltarei ao trabalho porque este não se faz apenas na sala de JI.
2 comentários:
Apesar de não podermos generalizar (e ainda bem)o problema da violência passa, no meu entender, pela desresponsabilização de muitas pessoas. Certamente que dói(em especial quando consideramos que estamos a agir correctamente)saber que outros que estão fora da nossa realidade emitem julgamentos. O julgamento sempre foi um elemento causador de mágoa e ressentimento.
Mas, no meio disto tudo, o que mais me custa é verificar que a violência encontrou terreno fértil para o seu crescimento. E parece que pouco se tem feito para o seu controle e minimização. Deve ser por isso que alguns já não estranham, mas preocupam-se com a vitimização de crianças no J.I.
um abraço
Isto é que é um tema difícil que me diz muito. Mas para começar, acho que a violência começa em bebe e nos pequenos gestos. Os meninos absorvem tudo o que vêem e repetem. Gestos violentos, vozes agressivas, respostas tortas... E quem diz a violência, diz muitas outras coisas. Como parar? educar os pais, na minha opinião, educar educar educar, os pais, os avós e toda a gente...
Enquanto há pessoas há esperança!
bjs
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