(a semana passada)
Mar que engoles a areia... onde vais com tanta pressa?
Espuma branca, água fria... porquê tamanha força?
Precisas de espaço?! Sentes-te apertado, encurralado num espaço que te foi roubado?!
Talvez tenhas razão para estar zangado... mas na tua ira afogas grãos de verões passados e deixas submersas as pedras com as marcas do tempo e da vida.
As pessoas vieram ver-te. Olham-te com medo, com desdém, com raiva... Oiço os comentários sobre ti à medida que caminho e me fustigas o rosto.
Eu continuo a olhar-te com respeito e admiração. Refrescas-me os sentidos e o pensamento e acalmas-me o espírito, como sempre fizeste.
Mar, de espuma branca e água fria, onde quer que vás não leves contigo a esperança de outros verões, de outras vidas, de outras recordações. Fica onde sempre te contemplei... junto ao quente sol de verão ou às frias noites de inverno.
1 comentário:
O mar merece ser admirado e respeitado. E o homem esqueceu-se dos dois. E ele volta a buscar o que é seu. Sempre foi assim e sempre será.
beijos doces
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