Sexta-feira é o dia da feira semanal. É o dia em que o transporte coletivo passa na aldeia. É quando o camião faz a (não) recolha do lixo. É quando o padeiro percorre a rua principal anunciando a sua chegada.
Sexta-feira todos os caminhos vão dar à cidade. Na feira há galinhas e patos e apetrechos vários. Alguidares misturam-se com tachos e panelas. O cheiro das flores, confunde-se com o dos queijos e dos presuntos. E vendem-se figos miudinhos e cebolas de kilo.
Há de tudo, para todos os gostos e necessidades. Móveis, Cintos, calçado, lenha e frango assado. Potes para a lareira, cabos de enxada, meias e cuecas para o menino e para a menina. É só ver. É só mexer no montão. Regatear o preço? Por que não?!
Ah! Mas o pregão ainda existe... ainda se chama o cliente e se tenta seduzir para a compra da bela mercadoria: "Oh fregueses! Venham ver! É roupa da Zara! A cigana rouba de noite para vender de dia!".
Eu continuo a gostar mais do: "Quentes e Boas!!!"
Aliás, estou desejosa de sentir o cheiro e de me deliciar com a bela da castanha assada na "lareira a estalar". Por aqui, dizem que faz falta uma chuvinha para que a dita se desenvolva bem. E, na verdade, eu e o Gorki confirmamos: lá estão elas bem no alto, ainda adormecidas numa cama fofa rodeada de verdes picos.
Então, até já!
1 comentário:
Na peugada das cores!'Agora de outono.
Boa continuação.
Enviar um comentário