Os meses correm a fio. Na aldeia já há borboletas e o fumo continua a sair das chaminés. É o aquecimento global, dizem uns. É a vida, dizem outros.
O ciclo da vida está patente nas cores, sons e formas que me rodeiam. Um vaivém, um circulando, um breve suspirar. Tanto a acontecer e, no entanto, tudo aparenta estar parado.
As árvores! Como são belas. Tento fazer um desafio a mim mesma: fotografá-las e partilhar a sua beleza. Tenho dificuldade. Fico a observá-las, a abraçá-las, por vezes até registo a sua beleza na "polaroide"... mas guardo-a para mim. Não é justo, tamanha beleza diária deve poder ser admirada por quem vive longe dela. Prometo a mim mesma que vou tentar fazer diferente.
Na cidade aqui perto, parece haver um frenesim saudável dos alunos que pretendem alcançar os seus sonhos. À noite, o seu frenesim ecoa pelas ruas e entra no sono de alguém. Aqui, na aldeia, oiço o ladrar dos cães e o Gorki tenta fazer coro com eles. Gosto da minha aldeia.
Logo vou à cidade. Vou praticar yoga com a minha aluna. É uma excelente companheira e é um privilégio vê-la evoluir e a gostar do Yoga Integral. Por aqui, Yoga ainda é muitas vezes pensado como: "Ahummmm" de olhos fechados, mãos nos joelhos e com receio de dormir. Aqui estamos a viver e a respirar Yoga Integral... e há-de chegar à cidade, de-va-ga-ri-nho e para todas as idades.
Para já, vou fazer o almoço. Vegetariano.
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